Jamais minta pra mim

Chama-me de estranho.
diga que sou arrogante.
peça o que quiser pra mim.
faça isso isso todo instante.

Ouça bem o que eu digo.
interrogue-me quando precisar.
sinta-se segura comigo.

sempre irei te ajudar,

Sorria sempre que necessário.
Eu isso também vou fazer
posso até parecer um bobo.
mas sempre direi o que vou ser.

Tenha certeza do que sou.
Espero que sempre sejas assim.
Respeite-me e eu te respeito.
mas, jamais minta pra mim.

Ajude-me como sempre faz.
Eu faço o que precisar.
Esteja sempre comigo.
que jamais vamos nos magoar.

 SEU SORRISO

 

Onde eu já tinha visto teu sorriso?

Ah... Já sei!

Na letra da canção de um desenho animado.

Tão resplandecente que deixou meu coração alegre.

 

Porém ele me trouxe o toque do impreciso.

Hum... Não sei!

Será que nas entrelinhas de um filme ocultado

Se esconde o medo que um sentimento a desintegre?  

 

Dor, Suor e Sangue (DSS)

 

E falando em sangue... Ah... Teus dentes...

Inesquecíveis dentes de um sorriso perigoso.


por Rafael Arguelles Pregador

UM BREVE POEMA SOBRE A TIMIDEZ

Alcançar... entrar no centro de confiança de uma mulher de postura e convicção, que sabe o que quer; mas que tem seus próprios escudos. 

Alcançar... adentrar na intimidade além do corpo; pois corpo é só corpo. O que eu quero é conhecer o ser e ser mais.

Alcancar... conquistar meu lugar, trazer para fora do arbusto a rosa. Não para fazer esquecer, mas pra me tornar inesquecível.

Alcançar... chegar... me tornar um lugar seguro para que, enfim, 
Você
Possa
Se 

Revelar.

Por Rafael Arguelles Pregador

Artista Eternista ganha apresentação online


A empresa de tecnologia C&C Studio, através do desenvolvedor de sistemas web, Jorge Clésio, também idealizador do movimento eternista, disponibilizou uma apresentação online do artista plásticos, eternista, Civaldo Rodrigues. Com a produção online pode-se conhecer algumas obras do artista e, uma introdução do pensamento Eternista.

 "A ideia é difundir e resgatar o pensamento crítico expresso de maneia profunda através da arte. Parauapebas tem artista que se emprenha e trabalham diariamente por esta causa" - C&C Studio

A apresentação online pode ser visualizada a partir do link cecstudio.com.br/movimentoeternista/

TU NÃO SABES O QUE EU VI

TU NÃO SABES O QUE EU VI

– Ai garoto! Tu não sabes que eu vi?!
– O quê?
– O saci!
– Na mata?
– Não, aqui!
Tava na frente de um computador fazendo suas brincadeiras;
Brincando com as imagens; com linhas, retas, curvas;
Com as formas, quadrados, círculos, triângulos...
Buscando outras formas de brincar com as pessoas,
Brincar de refletir, de pensar, de mudar...
Trocou a trança nas crinas dos cavalos
Por ações nas barbas da sociedade;
Trocou o cachimbo por uma nova consciência.
Descobri que ele não tem só uma perna – tem várias.
Tem um pé no passado, um pé no futuro;
Um pé na puerícia, um pé na maturidade...

Anda pela cidade procurando a degradação, dedo pra baixo de desaprovação.
Seu redemoinho de ideias busca a justiça.
– Esse saci dá muito trabalho! – devem pensar os incomodados.
Que ele incomode então! Se ele acha que algo está errado,
Não fica parado.
Os errados que tomem cuidado!
O pretinho cresceu! Mas...

Ainda tem aquele sorriso de menino, jeito de menino;
É só um menino!
Não, não é... Não esqueça que ele é um mito

E mitos, garoto, são eternos.

por Rafael Arguelles

SOU NETO

Sou neto de filha de bravo índio,
Das margens de um rio em Parintins,
Que cultiva a fé cristã e afins,
Como a cruz que achou seu remédio.

Sou neto de filha de português,
Que nas raízes a fé encontrou,
Pra espantar qualquer tipo de grou
Através dos banhos de todo o mês.

Fui criado, ao seu tempo, por elas,
Em etapas, desde quando nasci.
A das forças de fogueiras e velas

Ao sagrado azeite, que eu vi
Que o mundo começa nas janelas,
Mas se expande além, aprendi.


por Rafael Pregador Arguelles

GOTAS



A

Lua

Já foi,

Sumiu.

As nuvens

Em rubros tons,

Elas a encobriram.

Estou cansado e suado

Mas não importa, faz frio agora.

De minha testa escorrem ligeiras gotas,

Mas já sinto o vento ficando cada vez mais forte,

Ele sopra me trazendo um cheiro de umidade no ar.

Estou sozinho, estou no escuro, pisando terra da estrada.

Começo a chorar, se é que já não estava antes, mas agora

Sinto medo, a pouca luz que havia, entre as nuvens sumiu.

A lágrima escorre no rosto, mais uma, mais outra e outra.

Começa chover; sem visão, só ouço barulhos de pingos.

Sinto a água cada vez mais forte, como um batismo

Já não tenho suor, já não tenho lágrimas.

Sinto-me lavado, limpo e leve.

Sinto uma paz.





Por Rafael Arguelles Pregador 

A PEDRA DAS ERAS

A PEDRA DAS ERAS

PRÓLOGO

Correndo pela mata,
Descia o menino;
Correndo pela mata,
Por entre as silhuetas florestais
Correndo pela mata,
Em direção ao vale, rumo a sua taba;
Correndo pela mata,
Sua pele negra, em investida passa pela vegetação;
Correndo pela mata,
Em período de pouca chuva, folhas secas se rompem ao pisar;
Correndo pela mata,
Entre as curvas de cada folha, o verde aos poucos se mistura ao fúlvio,
Correndo pela mata,
No corpo traz marcas de urucum e argila, cabelo cor fogo aos ombros cacheado,
Correndo... Correndo: Correndo.

Chega à clareira plana; para trás ficam pegadas de quem vai, nunca de quem vem. Arco em punho, flechas na aljava; corre feliz, pois sabe que esta na hora de ouvir. Por isso a pressa, por isso a correria. O ancião vai começar uma história nova. O pequeno quer chegar antes do velho iniciar o relato. Não quer perder nada, nenhum detalhe, por isso corre... corre, corre... corre.

A cada passo um vai ficando mais rápido que outro de forma que o coração começa a palpitar em um ritmo acelerado acompanhado da ânsia de se estar próximo do local que culminam na falta de fôlego.

Mas ele chega.

Adentra pela porta fechada apenas por uma cortina de palha.
Em derredor de uma fogueira no centro da maloca,
Já uns sentados, entre crianças e adultos o entorno espalha.
Sinalizando o velho, a aproximação a todos evoca.
Ainda ofegante, se senta após se servir a boa água da talha,
Enquanto que alguém ritmicamente o tambor toca,
O menino; coração disrítmico, com a respiração ainda falha,
Não pela corrida, mas pela emoção que o provoca
Cada palavra do velho sábio, cujo o momento não atrapalha,
Devido tanto foco que a criança ao momento invoca.

A história do verdadeiro passado, que os próprios espíritos
De inspiração nos trazem através dos veneráveis lábios.
Todos agora quietos para ouvir os relatos que os eméritos
De cada geração transmitem e que entranham aos sábios.


A maior de todas as narrativas será contada...




Por Rafael “Pregador” Arguelles

Exposição de obras de Civaldo Rodrigues

O artistas plástico Civaldo Rodrigues apresentou na Praça de Alimentação do Centro de Abastecimento de Parauapebas (CAP), suas obras.